Saturday, May 19, 2007

Santificar o Nome do Pai - 1

“Santificado seja o teu nome” (Mt 6.9).

Após o vocativo (“Pai nosso que estás nos céus”), o primeiro pedido na oração que o Senhor ensinou é pela santificação do nome do Pai. Este Nome é santo por Si mesmo, mas nós, pecadores, precisamos santificá-lo. Contudo, em nós mesmos, por causa da fraqueza que herdamos como descendentes de Adão, não temos capacidade de santificar verdadeiramente o nome do Senhor.
Então, isto é um pedido de poder. Precisamos que Ele mesmo nos conceda poder para santificar o Seu nome.
Israel falhou nisto. Não santificou o nome do Senhor diante das nações. “Em chegando às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome, pois deles se dizia: São estes o povo do SENHOR, porém tiveram de sair da terra dele” (Ez 36.20). Por isto, Deus lhes disse que Ele mesmo zelava pelo Seu nome: “Mas tive compaixão do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi” (Ez 36.21). Assim, a razão das promessas que Deus fez a Israel era a santificação do Seu nome. Não era por amor pela nação. “Não é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes” (Ex 36.22).
Não somos em nada melhor do que Israel. A Igreja de hoje ainda profana o santo nome do Senhor diante das nações.
Mas há um remanescente fiel, como sempre houve. Esse remanescente recebe o poder do Espírito Santo para santificar o nome do Pai. Cada pessoa desse remanescente fiel deseja santificar o nome do Senhor, de todo o coração. É o seu primeiro clamor: não envergonhar o nome do Senhor diante do mundo. Este é o pedido que, se motivado por um desejo sincero, será sempre respondido, com absoluta certeza.

Thursday, May 17, 2007

IDENTIFICAÇÃO DO PAI

Hoje temos muitos recursos para identificar as pessoas. Foto e números são usados. CPF, RG, título de eleitor. Impressão digital.
Nos tempos bíblicos as pessoas eram identificadas pela sua genealogia. Era o referencial genealógico, exigindo pelo menos o nome do pai, que identificava as pessoas.
Sempre houve homônimos. Daí identificarem-se pelo nome do genitor. Simão, filho de João. Judas, filho de Simão Iscariotes. João, filho de Zebedeu.
Como identificar Deus? Não há um nome pelo qual Deus tenha preferência. Mesmo porque Ele é o único. Jesus não nos ensinou a chamar Deus de Jeová. Ao ensinar-nos a orar, mostrou que podemos nos dirigir a Deus, chamando-O “Pai nosso, que estás nos céus”. Essa referência aos céus, como local da habitação de Deus, tem grande importância na identidade divina.
A quem estamos orando? Ao Pai nosso. Que Pai nosso? O que está nos céus. Os deuses que homens inventam não estão nos céus, mas nos templos e nos altares que levantam. São manipuláveis, ficam onde os homens os colocam. O Pai nosso que está nos céus é Deus majestoso, não deus dependente de seus adoradores.
Desde o AT, Deus se identifica como o Deus dos céus. “Habito no alto e santo lugar” (Is 57.15). Salmistas falam que Ele é “aquele que habita nos céus” (Sl 2.4), que “do céu olha o Senhor para os filhos dos homens” (Sl 14.2).
O NT, porém, traz mais referências a essa verdade.
A procedência do céu tem peso especial. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são revelados no NT como procedentes todos do céu. O Pai: Mt 3.17, 7.11,21; 10.33; 16.17, 18.19, Jo 12.28. O Filho: Jo 3.13 e 6.33-58. E o Espírito Santo: Jo 1.21 e 1Pe 1.12.
Em oração, nos dirigimos ao Pai que está nos céus. É o mesmo Pai que do céu mandou seu Filho ao mundo. Este é o Filho que veio dos céus, que, junto com o Pai, que está nos céus, nos envia, dos céus, o Espírito Santo, que deles procede.

Wednesday, May 02, 2007

DEUS É PAI NOSSO

“Pai nosso...” (Mt 6.9)

No Antigo Testamento o conceito paterno de Deus não é tão visível quanto no Novo Testamento. Em todos os 39 livros do AT, o nome de Pai atribuído a Deus ocorre apenas 14 vezes. Mas nos 27 livros do NT esse nome ocorre nada menos que 259 vezes.

Percebe-se, pela diferença de ênfase, que a revelação do NT é insistente nessa linda visão de Deus como o Pai amoroso, que abraça o filho arrependido e manda celebrar uma festa pela sua volta à casa paterna.

Quando usa a palavra aramaica “Abba” (pronuncia-se abá), mostra-nos que podemos tratar o mesmo soberano Senhor como filhos achegados. Seria como chama-lo “papai” ou “paizinho”, algo assim terno e carinhoso.

Se quero orar a Deus como Pai perfeito que me ama sinceramente, devo:
1) submeter-me à Sua disciplina (Hb 12.7);
2) descansar totalmente em Seu cuidado (Mt 6.31-33);
3) assumir minhas responsabilidades de filho submisso (Hb 12.9); que ama a comunhão com o Pai (Mt 6.6); que busca ser santo como o Pai é santo (Fp 2.15);
4) assumir que não sou filho único, que não posso exigir do Pai atenção apenas para mim; Ele é o meu Pai mas também é o Pai nosso; tenho muitos irmãos, somos uma grande família; não posso e não devo ser um cristão solitário e isolado – preciso viver em comunhão com minha santa família;
5) adorar o Pai por ter tanto me amado que chegou a permitiu que eu seja chamado de seu filho (1Jo 3.1).

Que bom! Posso entrar no meu quarto, fechar a porta e orar ao meu Pai, que me vê em secreto! E posso também entrar em minha igreja e orar ao Pai nosso, junto com meus irmãos!