Monday, September 24, 2007

A VINDA DO REINO – 2: já está em nosso meio!

“Venha o teu reino” (Mt 6.10)

O anelo pela vinda do reino de Deus não pode ser apenas esperança para o futuro. Quem sinceramente o deseja, deve orar e trabalhar para que o reino de Deus seja manifesto de alguma forma aqui mesmo, enquanto a Igreja milita no mundo.

A idéia de esperança adiada desperta especulações, como a dos fariseus, que interrogaram Jesus sobre quando viria o reino de Deus (Lc 17.20). A história da Igreja registra muitos movimentos adventistas, ocupados unicamente com propostas de doutrinas escatológicas, mais futurologistas que bíblicas. Tais especulações lançam os curiosos muito mais em pesquisas e análises sobre a vinda futura do reino do que no trabalho e oração para que ele venha. Chegam a dar sugestões de datas para a volta do Senhor, delimitando períodos específicos.

À especulação dos fariseus, Jesus respondeu simplesmente: “Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17.20-21).

O anelo pela vinda futura do reino de Deus só se justifica para quem sonha vê-lo se manifestando já em nosso meio, mesmo sem visível aparência aos olhos do mundo. A oração pela manifestação escatológica do reino só é aceitável diante de Deus enquanto oramos e trabalhamos pela militância das igrejas e seus campos missionários, no tempo que se chama Hoje.

Tuesday, August 07, 2007

A VINDA DO REINO - 1: amá-lo e deseja-lo de fato

“Venha o teu reino” (Mt 6.10)

Vimos que a santificação do nome do Pai é o primeiro anelo de um coração que ama ao Senhor. O segundo desejo é a vinda do reino de Deus.

Mas, qual é a nossa postura diante do reino de Deus? Ele realmente nos alegra? É, de fato, a nossa opção prioritária, acima de todas as necessidades desta vida? Como expressamos isto?

Os filhos de Coré (Sl 47) exortaram todos os povos a uma postura de júbilo e aclamações. Palmas, vozes, som de trombeta e cânticos de louvores são colocados ali como modo de celebrar, comunicando a alegria no reino de Deus. “Batei palmas”; “celebrai a Deus com vozes de júbilo”; “Salmodiai a Deus, cantai louvores; salmodiai ao nosso Rei, cantai louvores; ...salmodiai com harmonioso cântico”.

A razão é simples: “o SENHOR Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda a terra”. Ele é o Rei que merece ser celebrado em aclamações com palmas, salmodiado com cânticos harmoniosos em vozes de júbilo, ao som de instrumentos musicais.

Quem assim demonstra alegria no reino, por ele ora e por ele trabalha, o ama de fato, o deseja de fato. Sua oração “venha o teu reino” é sincera, vem do coração.

Tuesday, July 31, 2007

SANTIFICAR O NOME – 6: diante do mundo

“Santificado seja o teu nome” (Mt 6.9).

Já temos visto que a santificação do nome do Pai deve acontecer, primeiro, diante do próprio Deus. Depois, diante da igreja, os nossos irmãos do povo de Deus. Mas também nos compete santificar o nome do Pai diante do mundo incrédulo.

Os incrédulos são representados por duas classes. Uma, a dos que perseguem, fazendo oposição ativa e deliberada à Verdade, mesmo na ignorância. Outra, a dos que refletem com certo interesse e curiosidade sobre a fé em Cristo.

Foi considerando os da primeira classe de incrédulos, os opositores, que o Senhor exortou à confissão de seu nome: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32). A função primária dessa confissão é santificar o nome do Pai diante dos inimigos do evangelho.

Quanto à segunda classe, é o apóstolo Pedro quem nos exorta: “antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15). Aos incrédulos curiosos e talvez interessados, também confessamos o nome de Jesus. Se ele é santificado como Senhor em nosso coração, a resposta correta da razão da nossa esperança nEle lhes será dada.

Ore: “santificado seja o teu nome – no meu viver, no meu falar, no meu testemunhar”.

Tuesday, July 24, 2007

SANTIFICAR O NOME - 5: igreja em oração

“Santificado seja o teu nome” (Mt 6.9).

Os líderes precisam santificar o nome do Senhor diante da Igreja de Deus. Mas cada um, dentre o povo, também precisa santificar o nome do Pai diante de todo esse povo da Igreja. Cada um precisa demonstrar para os demais sua dependência do Pai, buscando auxílio na oração de todos e auxiliando a todos com sua própria oração.

"Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (Mateus 18.20). Este ensino de Jesus fala da importância da congregação se reunir para orar. Além da certeza de fé da presença do Senhor no meio dos que se reúnem, assim também se santifica o nome do Pai. A congregação deve se reunir para adorar, para aprender, para servir e também para orar. Muitos se congregam para adorar, mas não para aprender, nem para orar, nem para servir. Outros se congregam para aprender, mas não para as demais santas atividades da casa de Deus. Há também alguns (poucos) que vêm importância fundamental na oração e se congregam para orar, mas são deficientes nos demais itens. Porém, precisamos ser crentes “quadrangulares”.

Como parte de uma comunidade cristã, precisamos praticar a oração em três níveis: a sós, com a família e com a igreja. A ordem de orar sem cessar abrange esses três níveis. Nossos pedidos de oração são para serem levados a Deus na igreja e em casa. Não é em casa ou na igreja. Em casa, pode ser a sós ou com família. Mas, na igreja, será sempre compartilhando com todos os irmãos que se congregam para orar.

A santificação do nome do Pai também é praticada no congregar-se para orar. Se em sua vida há deficiência nesse item, é hora de mudar. É hora de buscar sua igreja reunida em oração toda semana. É hora de todo departamento reunir-se sempre para orar.

Monday, June 25, 2007

SANTIFICAR O NOME – 4: DIANTE DA IGREJA

“Santificado seja o teu nome” (Mt 6.9).

Já temos dito que o nome do nosso Deus Pai é santo por Si mesmo. Contudo, precisamos tornar essa santidade conhecida. É através de atitudes de fé no glorioso Nome que fazemos os outros perceberem o quanto é santo. Seus irmãos da sua igreja devem ser os primeiros a perceber sua fé no poderoso nome do Senhor. Sua fé será percebida no quanto obedecer à Palavra do Senhor. Isto é santificação do Nome.

Os líderes têm grande responsabilidade de santificar o nome do Pai diante da igreja. Quanto mais eles o fizerem, mais a igreja o fará. Se eles não o fizerem, a igreja não o fará e o Senhor os terá por culpados.

Moisés e Arão foram culpados no episódio das águas de Meribá (Nm 20.2-13) porque tiveram oportunidade de santificar o nome do Senhor diante dos filhos de Israel e não o fizeram. Deus havia ordenado a Moisés e Arão que falassem à rocha. No entanto, Moisés usou seu bordão e bateu na rocha duas vezes. Arão nada fez. Não era hora de ferir, era hora de falar, pois foi assim que o Senhor ordenou. Deus tomou isto como um ato de incredulidade, que profanou o Seu nome diante do povo. A conseqüência foi que Arão e Moisés não entraram na terra prometida com o povo.

Demonstrar fé diante da igreja é um ato de santificação do nome do Senhor.
Como podemos orar “santificado seja o teu nome” se os irmãos vêm em nós mais incredulidade do que fé?

Tuesday, June 19, 2007

SANTIFICAR O NOME: 3- AQUELE QUE É POR SI MESMO

“Santificado seja o teu nome” (Mt 6.9).

Somos exortados a não profanar o nome do Senhor, a não toma-lo em vão. A Bíblia nos ensina que Deus zela pelo Seu nome. O Senhor Jesus, ao ensinar como orar, colocou a santificação do nome de Deus como o primeiro pedido. Mas, que nome é este?

No Antigo Testamento, Deus era chamado por um nome cuja pronúncia hoje não temos como saber exatamente. Por isso, em Português se grafam Jeová, Yavé, Javé ou nomes semelhantes. Os próprios judeus não o pronunciavam. Sabe-se apenas que suas consoantes equivalem aos nossos JHVH ou YHVH. A pronúncia ou o próprio nome em si tem menos importância que o seu significado, que é “AQUELE QUE É POR SI MESMO”.

O nome revela que o único Deus vivo e verdadeiro é a fonte de toda existência. Tudo que tem e não tem vida se origina naquele que é por si mesmo. Assim, os seres de vida racional, feitos à imagem e semelhança de Deus, têm o dever de santificar o Nome que é santo por Si mesmo, “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17.28).

Ao orar, tenho que reconhecer primeiro, diante do Pai, que não tenho vida por mim mesmo, não existo por mim mesmo, nada tenho por mim mesmo – em tudo dependo do Deus eterno. Esse senso de dependência total e absoluta de Deus é que deve me induz a orar.Esse espírito de oração, de dependência daquele que é por Si mesmo, nos faz santificar o nome do Pai, diante dEle mesmo, antes de o fazer diante da igreja e do mundo.

Saturday, June 16, 2007

SANTIFICAR O NOME: 2 - DIANTE DELE, COMO OFERTAS VIVAS

Santificado seja o teu nome” (Mt 6.9).

O terceiro mandamento da Lei dada a Moisés estabelece: “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Ex 20.7). É uma proibição absoluta. O advérbio hebraico de negação aqui empregado, como em todos os demais proibitivos entre os 10 mandamentos, tem força de ênfase especial, significando um “não, em hipótese alguma!”. Tomar o nome de Deus em vão é profana-lo.

Ensinando-nos a orar pela santificação do nome do Pai, o Senhor Jesus aplica em nós este terceiro mandamento de forma positiva. A oração expressa um desejo. Quem tem o desejo sincero em seu coração de santificar o nome do Pai a ponto de colocá-lo em oração, está obedecendo ao terceiro mandamento com naturalidade.

Deus espera que, se desejamos santificar o Seu nome, o façamos primeiro diante dEle.É mister haver coerência entre a oração e a vida diante dEle. Como estamos nos oferecendo a Ele? Estaremos nos oferecendo a Ele de modo aceitável? Se oramos “santificado seja o teu nome” e estivermos nos oferecendo a Ele de modo inaceitável, não há coerência. A oração não estará em harmonia com a vida diante dEle.

O Senhor nos fala: “Não profanareis o meu santo nome, mas serei santificado no meio dos filhos de Israel” (Lv 22.32). O contexto desta advertência tem a ver com ofertas ao Senhor (v.17-31). O modo como estamos nos oferecendo a Deus dirá se estamos ou não santificando o nome do Senhor diante dEle, como Ele espera.

Saturday, May 19, 2007

Santificar o Nome do Pai - 1

“Santificado seja o teu nome” (Mt 6.9).

Após o vocativo (“Pai nosso que estás nos céus”), o primeiro pedido na oração que o Senhor ensinou é pela santificação do nome do Pai. Este Nome é santo por Si mesmo, mas nós, pecadores, precisamos santificá-lo. Contudo, em nós mesmos, por causa da fraqueza que herdamos como descendentes de Adão, não temos capacidade de santificar verdadeiramente o nome do Senhor.
Então, isto é um pedido de poder. Precisamos que Ele mesmo nos conceda poder para santificar o Seu nome.
Israel falhou nisto. Não santificou o nome do Senhor diante das nações. “Em chegando às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome, pois deles se dizia: São estes o povo do SENHOR, porém tiveram de sair da terra dele” (Ez 36.20). Por isto, Deus lhes disse que Ele mesmo zelava pelo Seu nome: “Mas tive compaixão do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi” (Ez 36.21). Assim, a razão das promessas que Deus fez a Israel era a santificação do Seu nome. Não era por amor pela nação. “Não é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes” (Ex 36.22).
Não somos em nada melhor do que Israel. A Igreja de hoje ainda profana o santo nome do Senhor diante das nações.
Mas há um remanescente fiel, como sempre houve. Esse remanescente recebe o poder do Espírito Santo para santificar o nome do Pai. Cada pessoa desse remanescente fiel deseja santificar o nome do Senhor, de todo o coração. É o seu primeiro clamor: não envergonhar o nome do Senhor diante do mundo. Este é o pedido que, se motivado por um desejo sincero, será sempre respondido, com absoluta certeza.

Thursday, May 17, 2007

IDENTIFICAÇÃO DO PAI

Hoje temos muitos recursos para identificar as pessoas. Foto e números são usados. CPF, RG, título de eleitor. Impressão digital.
Nos tempos bíblicos as pessoas eram identificadas pela sua genealogia. Era o referencial genealógico, exigindo pelo menos o nome do pai, que identificava as pessoas.
Sempre houve homônimos. Daí identificarem-se pelo nome do genitor. Simão, filho de João. Judas, filho de Simão Iscariotes. João, filho de Zebedeu.
Como identificar Deus? Não há um nome pelo qual Deus tenha preferência. Mesmo porque Ele é o único. Jesus não nos ensinou a chamar Deus de Jeová. Ao ensinar-nos a orar, mostrou que podemos nos dirigir a Deus, chamando-O “Pai nosso, que estás nos céus”. Essa referência aos céus, como local da habitação de Deus, tem grande importância na identidade divina.
A quem estamos orando? Ao Pai nosso. Que Pai nosso? O que está nos céus. Os deuses que homens inventam não estão nos céus, mas nos templos e nos altares que levantam. São manipuláveis, ficam onde os homens os colocam. O Pai nosso que está nos céus é Deus majestoso, não deus dependente de seus adoradores.
Desde o AT, Deus se identifica como o Deus dos céus. “Habito no alto e santo lugar” (Is 57.15). Salmistas falam que Ele é “aquele que habita nos céus” (Sl 2.4), que “do céu olha o Senhor para os filhos dos homens” (Sl 14.2).
O NT, porém, traz mais referências a essa verdade.
A procedência do céu tem peso especial. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são revelados no NT como procedentes todos do céu. O Pai: Mt 3.17, 7.11,21; 10.33; 16.17, 18.19, Jo 12.28. O Filho: Jo 3.13 e 6.33-58. E o Espírito Santo: Jo 1.21 e 1Pe 1.12.
Em oração, nos dirigimos ao Pai que está nos céus. É o mesmo Pai que do céu mandou seu Filho ao mundo. Este é o Filho que veio dos céus, que, junto com o Pai, que está nos céus, nos envia, dos céus, o Espírito Santo, que deles procede.

Wednesday, May 02, 2007

DEUS É PAI NOSSO

“Pai nosso...” (Mt 6.9)

No Antigo Testamento o conceito paterno de Deus não é tão visível quanto no Novo Testamento. Em todos os 39 livros do AT, o nome de Pai atribuído a Deus ocorre apenas 14 vezes. Mas nos 27 livros do NT esse nome ocorre nada menos que 259 vezes.

Percebe-se, pela diferença de ênfase, que a revelação do NT é insistente nessa linda visão de Deus como o Pai amoroso, que abraça o filho arrependido e manda celebrar uma festa pela sua volta à casa paterna.

Quando usa a palavra aramaica “Abba” (pronuncia-se abá), mostra-nos que podemos tratar o mesmo soberano Senhor como filhos achegados. Seria como chama-lo “papai” ou “paizinho”, algo assim terno e carinhoso.

Se quero orar a Deus como Pai perfeito que me ama sinceramente, devo:
1) submeter-me à Sua disciplina (Hb 12.7);
2) descansar totalmente em Seu cuidado (Mt 6.31-33);
3) assumir minhas responsabilidades de filho submisso (Hb 12.9); que ama a comunhão com o Pai (Mt 6.6); que busca ser santo como o Pai é santo (Fp 2.15);
4) assumir que não sou filho único, que não posso exigir do Pai atenção apenas para mim; Ele é o meu Pai mas também é o Pai nosso; tenho muitos irmãos, somos uma grande família; não posso e não devo ser um cristão solitário e isolado – preciso viver em comunhão com minha santa família;
5) adorar o Pai por ter tanto me amado que chegou a permitiu que eu seja chamado de seu filho (1Jo 3.1).

Que bom! Posso entrar no meu quarto, fechar a porta e orar ao meu Pai, que me vê em secreto! E posso também entrar em minha igreja e orar ao Pai nosso, junto com meus irmãos!